Olá! Sou maranhense, mas devido aos deslocamentos da minha família pelo RJ e SP minha formação se construiu nesses centros, mas nem gostaria de ter exposto isso.
Tenho plena consciência das práticas televisivas que ocorrem aqui, já comentei anteriormente. Acho que os maiores culpados dessas péssimas produções são as empresas de comunicação locais, que possuem políticas televisivas voltadas exclusivamente ao arrendamento de horários, sem se preocupar com a qualidade do que vai ser transmitido. Originalmente, essa prática é uma característica dos programas radiofônicos, e contaminou a televisão nesses últimos vinte anos.
A política de arrendamento é frágil no sentido de evolução televisiva ou radiofônica. Deixo aqui alguns exemplos: A rede Globo possui apenas um programa arrendado: “Pequenas empresas, grandes negócios”, a Rede Record, nenhum, a Rádio Jovem Pan-São Paulo – nenhum. São consideradas as grandes empresas porque valorizam seus profissionais. Os proprietários, para não dá carteira assinada aos seus profissionais, preferem transformá-los em locatários. Os locatários sem ou com péssima formação começam a se equacionar perante aos bons profissionais, transformando todos em vendedores de comercial e assim, o diploma de comunicação social vai para o ralo
O espaço televisivo fica a mercês de porcarias, inutilidades, insanidades e ridicularidades que de alguma forma, arrecadam dinheiro na promessa de uma divulgação maciça de seus patrocinadores.
A relação é bem simples. Para pagar menos cotas de comerciais da própria empresa, esses patrocinadores preferem pagar mais barato, diretamente a esses programas que se transformam num aglutinado de comerciais para sustentar o arrendamento de horários. Em vez de informação, temos jabás, a contra-informação ou besteirol no lugar. A produção fica preocupada com o dinheiro e não no conteúdo, por isso que é contra-informação. Essa relação é bastante relatada no livro Indústria Cultural de Ardono e Horkheimer, Os autores criaram o conceito de Indústria Cultural para definir a conversão da cultura em mercadoria. O conceito não se refere aos veículos (televisão, jornais, rádio...), mas ao uso dessas tecnologias por parte da classe dominante. A produção cultural e intelectual passa a ser guiada pela possibilidade de consumo mercadológico.(WIKIPÉDIA) apesar de que hoje, existem contestações entorno dessa posição, graças às novas tecnologias a exemplo da Internet, utilizada como instrumento de repúdio a esse tipo de programação. Os próprios autores chegaram a reconhecer isso em seus últimos anos de vida na Alemanha.
Os apresentadores, que geralmente são os próprios produtores e donos se aproveitam dessa relação dinheiro e acesso a TV para se autodenominarem famosos e assim, reivindicar privilégios que somente as celebridades usufruem como: entrar no cinema de graça, comer de graça, ganhar roupa de loja e outras coisinhas medíocres...
Mesmo assim, preferi somente focar nos programas, o que é visto na TV. Como eu disse, não tenho preocupação com a vida pessoal de ninguém, ganhando dinheiro ou não, isso não é o objetivo. Estou colocando um ponto de vista sobre as produções como resultado final, alguns podem concordar ou não, por isso não censuro os comentários, só não aceito ofensas pessoais. Sobre minha capacidade de criticar, minha formação fala por si só, não estou atuando na área, devido à melhor remuneração e dedicação a empresa que trabalho, apesar de receber convites constantemente para lecionar.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
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